01 maio 2009

A Horta Mágica

Estou bem longe de ser agricultor, por ter nascido na paulicéia desvairada no final dos anos 50, mas já plantei algumas coisas pela vida afora. Minha saudosa mãezinha teve a oportunidade de ter um quintal em casa, em pleno Ipiranga. Lembro que de lá saía muita verdura, tempero e depois, muita fruta que ela reservava para os passarinhos.
Com a Gabi já é diferente, ela tem um pé na roça. Nasceu em Rio do Sul, no meio dos italianos da Itoupava e a mãe dela era agricultora de marca maior! Só para dar um exemplo, sua mãe foi a primeira e única mulher que conheci a pegar o touro a unha. Sério! Quando criança conduzia um touro com nome de Gigante (dá pra imaginar?!) enquanto o pai guiava o arado. O tal touro só obedecia ao pai e a ela. Vai daí, meu grande respeito pela Dona Nirce, hoje respeitada instrumentadora cirúrgica que nos fins de semana roça o mato, e quando vem aqui na Reserva dá um banho na gente quando o negócio é plantar mudas, remexer em canteiro, cuidar de flores e frutas. É uma autêntica dedo-verde! Precisa ver!
Bom, mas a gente também tem história de plantador para contar. Ganhamos algumas sementes belíssimas, de milho preto peruano, abóbora crioula, girassol, feijões do amazonas, pimentos doces, cabaças e tudo vingou que foi uma maravilha, ao lado de casa.
Aprendemos muito lá em Santa Rosa de Lima, com o pessoal da permacultura. Depois foi curtir o sabor de cada semente que colhemos. Uma delícia de sabor, de vitalidade, tudo de bom.

Aí em cima, uma cabacinha nativa que ganhamos de nosso vizinho, o Moli

Nossa plantação de cabaça vingou rapidinho e distribuímos aos visitantes da Reserva durante anos seguidos.