26 abril 2009

2001, uma odisséia

A foto acima é de 2001, num vôo que fiz de helicóptero. Toda pastagem, hoje, é uma capoeira bem bonita, pois de lá para cá, só enriquecemos a Reserva com espécies nativas. Muita coroação de araucárias, cedros, camboatás, coqueiros-jerivá... A doação de duas mil mudas do Projeto Piava deram uma adiantada bacana na recuperação da mata nativa.

A primeira geada, em 2001, não foi mole. A horta, mesmo coberta, não resistiu ao frio e foi-se. Algumas ervas aromáticas se adaptaram ao frio da Serra e resistem até hoje, mas a maioria foi eliminada de saída. O urucum, por exemplo, sem chance...

Acima, 2001. À esquerda é possível ver um pequeno rancho que servia de depósito de onde sairam algumas tábuas utilizadas na reforma do assoalho da atual cozinha. No primeiro plano (em alvenaria, derrubada em seguida), o início da contrução que substituiria a casinha, caso o Areni continuasse a morar na terra. Na época, a casinha servia como um grande depósito de tralhas e estava totalmente abandonada (há doze anos, isso em 2001!). Ao fundo, o Rancho de cebolas, atualmente reformado.

Hoje. Depois de um ano inteiro de prega e remenda tábuas, eu e a Gabi somente pensávamos em ter uma casinha onde morar para sempre. A realidade é doce como um sonho! Porém, precisamos ouvir de três carpinteiros, convidados a fazer orçamento para a reforma da casinha, que o melhor e mais barato seria derrubar e começar tudo de novo. Teimosos e persistentes, preferimos trabalhar por conta própria. O resultado foi muita economia e muitas histórias, desde vizinhos impressionados com a nossa imensa teimosia e vontade, à cobras, ratos e aranhas que tiveram que mudar de casa (de vez em quando ainda recebemos uma visitinha...)