10 janeiro 2017

Rapte-me camaleoa



Este quase peguei na mão, enquanto fazia manutenção na Trilha do Puma atravessada por uma árvore derrubada pelo vento, o camaleão pegava um sol e toquei-o sem ver. Deu uns passos mas continuou por ali.

Depois de uma boa conversa lhe disse iria pegar a câmera, que me esperasse para tirar um retrato. Contei com o gnomo que existe dentro de todo camaleão e sai ajeitando uns galhos aqui, umas folhas ali, até pegar a câmera, coisa de 500 metros dali. Tinha certeza de que ainda encontraria com o menino. Sei que é menino porque tenho a foto de uma menina com o dorso marrom com uma listra branca.

Voltei e lá estava, na mesma posição. Bati umas chapas e quis chegar perto, achando que seria confiado o suficiente para que ficasse ali para uma melhor pose, puro engano. O rapaz sentiu que a mão vinha em sua direção e tchumbas, um só pulo levou-o mais longe que pôde e escafedeu-se pela primeira brenha e nem deixou pista. Chance demais, não achas?

Uma imagem nem sempre diz tudo e algumas palavras, para quem lê, pode dar um temperinho ou até mesmo uma certa distração, não é mesmo?